Autor(a) - Ivan Horcaio

25-02-2020 15h27

O Poder do Hábito

A qualidade dos nossos hábitos influencia diretamente a qualidade da nossa vida. Gandhi até disse uma vez:

“As nossas crenças se transformam em pensamentos.

Nossos pensamentos se transformam em palavras.

Nossas palavras se tornam ações.

Nossas ações se tornam hábitos.

Nossos hábitos se tornam valores.E os nossos valores revelam o nosso destino.”

É prazeroso imaginar que nós estamos no controle, usando nossa mente racional para todas as decisões do dia a dia. Infelizmente, isso não é verdade: estamos seguindo vários hábitos automáticos.

Os hábitos influenciam todas as nossas ações, incluindo como nos comportamos com nossa família, a quantidade de exercício físico que realizamos, a forma e o quanto estudamos, o tipo de comida que comemos, nossa situação financeira, nossa felicidade.

Existem muitas tentações para deixarmos os hábitos negativos entrarem em nossas vidas. Se não usamos o nosso foco para criar conscientemente os hábitos positivos, podemos nos envolver em hábitos ruins, tomando atitudes negativas que trarão consequências desastrosas para nós.

Por outro lado, se nós implementamos conscientemente hábitos bons, nossas atitudes mudam e nossa vida se ajeita. Os resultados que desejamos acontecem automaticamente, como consequência inevitável dos novos hábitos que criamos.

Para entendermos os hábitos, é fundamental conhecermos o funcionamento do cérebro. No Massachusetts Institute of Technology, o MIT, foram feitos experimentos monitorando o cérebro de ratos que ficavam em um labirinto. Os cientistas colocaram sensores que detectavam a atividade cerebral dos ratinhos.

Esse experimento foi simples: em determinado momento, os ratos escutavam o barulho de um clique e uma portinha era aberta no labirinto. Se os ratos fossem adiante e depois virassem pra esquerda, eles encontrariam comida. Se eles fossem reto e virassem para a direita, não encontrariam nada.

Nas primeiras vezes em que os ratos eram colocados nessa situação, a atividade cerebral estava bastante intensa. Os ratos ficavam fuçando, cheirando, arranhando, olhando para tudo quanto é lugar.

Apenas visualizando o comportamento dos roedores, não era possível concluir nada: parecia que os ratos estavam se movendo de forma aleatória, porém, pelo monitoramento de atividade cerebral, era possível ver um nível alto de processamento constante. Ou seja, o

cérebro estava examinando diferentes possibilidades para poder decidir.

Quando os cientistas colocavam os mesmos ratos no mesmo labirinto e repetiam a situação de fazer o mesmo barulho do clique, abrindo a porta, aconteceu algo interessante:

Os ratos começaram a ficar mais eficientes.

Eles não precisavam ficar fungando, olhando, arranhando. Eles cometiam menos erros de percurso. Quanto mais eles aprendiam a navegar no labirinto, sua atividade cerebral começava a diminuir: eles entravam num modo automático, pensando cada vez menos.

Interessante como nós, humanos, fazemos algo muito parecido.

Falando em evolução do aprendizado, ela começa na incompetência, passa pela competência consciente e depois para a competência inconsciente.

Quem dirige bastante deve se lembrar das primeiras vezes em que pegou no volante.

Precisava lembrar-se de colocar o cinto de segurança, verificar o câmbio, ajustar os espelhos, colocar a primeira marcha, tirar o pé da embreagem devagar… Era complicado, o cérebro tinha que pensar muito. E hoje isso tudo é automático. Houve a formação de um hábito. Você chegou na competência inconsciente.

Falaremos mais sobre isso em breve

Vivam a vida, e até breve.

Atenção: o conteúdo desta publicação, bem como as ideias apresentadas, não representam necessariamente a opinião desta coluna, sendo de inteira responsabilidade de seu autor.


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Ivan Horcaio

Advogado. Autor de várias obras jurídica, notadamente de dicionários jurídicos, e também nas áreas de concursos públicos e Exame de Ordem. Foi editor chefe de conhecida editora jurídica, tento trabalhado na elaboração, edição e publicação de dezenas obras, sendo o organizador do vade mecum dessa editora por seis anos. Diretor de conteúdo do site Vade Mecum Brasil.




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